cover
Tocando Agora:

Veja como são as 'casas de pedra' que abrigam famílias de agricultores na Cordilheira do Espinhaço

Edição de aniversário de 45 anos do Globo Rural mostrou as lapas, que se tornam, durante alguns meses no ano, o lar de famílias de apanhadores da flor sempr...

Veja como são as 'casas de pedra' que abrigam famílias de agricultores na Cordilheira do Espinhaço
Veja como são as 'casas de pedra' que abrigam famílias de agricultores na Cordilheira do Espinhaço (Foto: Reprodução)

Edição de aniversário de 45 anos do Globo Rural mostrou as lapas, que se tornam, durante alguns meses no ano, o lar de famílias de apanhadores da flor sempre-viva em Minas Gerais. Veja como são as “casas de pedra” de famílias de agricultores na Cordilheira do Espinhaço A edição de aniversário de 45 anos do Globo Rural, exibida neste domingo (5), mostrou como são as lapas, as “casas de pedra” que se tornam a morada de agricultores durante meses na Cordilheira do Espinhaço, em Minas Gerais. São apanhadores que passam os dias andando quilômetros para juntar as flores sempre-vivas, atividade que garante parte da renda das comunidades locais. Centenas de famílias vivem em constante mudança. Todo ano, no começo das floradas, os apanhadores trazem comida, roupa e se mudam para suas lapas no alto da montanha. Cada família tem a sua, e ela é passada de geração para geração. 'Casas de pedra' viram moradia para agricultores da Cordilheira do Espinhaço, em Minas Gerais" Globo Rural/Reprodução As casas são equipadas com fogão a lenha, uma dispensa para guardar os alimentos que serão consumidos nos próximos meses, barracas e camas – que os moradores chamam de jirau. A arquitetura já está esculpida nas pedras, e as famílias se adaptam a ela. Para a cama, os apanhadores usam toras de madeira, um pequeno colchão e um cobertor por cima. São nestes locais que eles vão repousar durante todo o período de coleta. "É demais, é muito bom. A gente pode deitar, rolar para lá e para cá que está firme", diz a agricultora Salete Gomes. A coleta das flores é um importante recurso para comunidades na Cordilheira do Espinhaço. Mais de duzentas toneladas de sempre-vivas são exportadas por ano. Algumas espécies, como o capim dourado, viram vaso, chapéu, bolsa. Os agricultores ainda cultivam alimentos e criam animais, que também migram na época da seca para onde o alimento é farto. Esse sobe e desce na montanha se repete várias vezes ao longo do ano e tem nome: transumância. Um modo de vida reconhecido pela Organização das Nações Unidas como patrimônio agrícola mundial – o primeiro e único do Brasil. Veja a reportagem completa nos vídeos abaixo: Criadores de gado migram pela serra do Espinhaço em busca de pastagem farta Criadores de gado migram pela serra do Espinhaço em busca de pastagem farta Comunidades do entorno do Espinhaço cultivam grande variedade de alimentos Comunidades do entorno do Espinhaço cultivam grande variedade de alimentos Apanhadores de flores vivem meses em grutas na cordilheira Apanhadores de flores vivem meses em grutas na cordilheira Coleta de sempre-vivas é uma renda importante pra agricultores da Serra do Espinhaço Coleta de sempre-vivas é uma renda importante pra agricultores da Serra do Espinhaço Apanhadores de flores passaram anos proibidos de entrar em áreas de coleta Apanhadores de flores passaram anos proibidos de entrar em áreas de coleta Crianças e adolescentes preservam a tradição de coletar flores na Serra do Espinhaço Crianças e adolescentes preservam a tradição de coletar flores na Serra do Espinhaço